em construção permanente






sábado, 10 de março de 2012

UM PIRATA CHAMADO ZÉ MANÉ

Se querem mesmo um dia acabar com a pirataria, recomendo que iniciem este trabalho começando pela Peste Negra que assolou o mundo no século XX, mais conhecida como Windows. Ao adquirir este software, junto aos seus tantos aplicativos, você ganha de "presente" um programa que te possibilita efetuar a edição de um novo DVD e, até mesmo, a cópia de outro já existente. Isto possibilita ao proprietário fazer no conforto do seu lar, a criação de um produto (chamarei assim o desenvolvimento de um trabalho pessoal) na quantidade que bem quiser, mesmo tendo em mãos um DVD com uma simples mensagem registrada na caixa ou no encarte, informando a proibição da cópia do produto para fins comerciais. Se o seu Windows for um daqueles adquirido tranquilamente em qualquer esquina ou em algum site da web, logo ele é considerado um "produto pirata" e você será punido por ter cometido um crime contra às leis de direitos autorais, a tal da copyrigth. Mas aí eu faço a seguinte pergunta: Como foi que esta enfermidade conseguiu espalhar-se através dos quatro cantos do planeta em tão pouco tempo, e coisas muito mais importantes como os coquetéis que combatem o vírus HIV não chegaram com esta mesma velocidade nas mãos dos milhares de contaminados que vivem seus últimos dias de vida no continente africano, por exemplo? Oras pois (como diria o dono da padaria), simples assim! O povo vai até uma loja, compra um Windows novinho em folha, paga uma fortuna por uma licença de uso temporário e, dentro dele mesmo, utiliza o aplicativo ilustrado na imagem abaixo para reproduzi-lo e distribuí-lo de mão em mão. Isso é ruim para a empresa que teve o todo o trabalho do mundo para desenvolve-lo? Um cidadão conservador vai responder claro que sim. A empresa vende o produto na loja por "X" e um Zé Mané que não quer saber de trabalhar copia o produto ilegalmente e vende a preço de banana, olha o tamanho do prejuízo! Meu senhor, eu aposto que o criador teria muito mais prejuízo e não atingiria seus reais objetivos se o seu produto não chegasse dentro da casa do maior número de pessoas em todo o mundo. O que realmente eles querem é ganhar o jogo com as milhares de atualizações que nos imploram ajoelhados para serem realizadas à cada START. 

Obs: Sim, o meu foi adquirido na esquina, mas não adianta vir atrás por que esta é a última imagem dele na minha tela. Migrei com destino à liberdade que só um SOFTWARE LIVRE pode proporcionar e aproveito para mudar um pequeno trecho a letra de uma canção (acho que a letra é do Cazuza) que diz assim: "Eu sou burguês, mas eu sou artista
Estou do lado do povo, do povo" para eu uso mas sou artista, estou do lado do povo, DO POVO! 


terça-feira, 6 de março de 2012

LENDO SUA PRÓPRIA IMAGEM

Esta imagem que fiz no ano passado (2011) me faz ter diversas conversas comigo mesmo. Uma delas por exemplo é a questão da degradação humana que vem rapidamente à cabeça se o olhar ficar preso à imagem do homem que caminha pela calçada da Rua Augusta em São Paulo, sob à luz do dia, carregando seu fardo nos ombros. Um ser humano que vive à margem da sociedade sendo humilhado por milhares de olhares diariamente e até o fim da sua vida, esquecido por sua família, amigos e governo, torna-se um objeto fácil para compor o vasto repertório que o homem possui em suas mazelas. Então, resolvi fazer o exercício mental de deixá-lo invisível ao meu olhar para tentar encontrar algo que pudesse tirar o meu primeiro pensamento e isto acabou sendo mais fácil do que imaginei. Foi só focar nas paredes em ruínas, abandonadas por alguém que jamais vai voltar e na porta aberta, convidando para a entrada em seu interior por qualquer um transeunte. O espaço sem dono gritando por socorro. Mas e depois deste exercício o que foi que eu tirei dessa leitura? A degradação humana esta na sua frente, ao seu lado e em qualquer canto que o seu olhar se dirigir. Só não enxerga o cego de consciência e aquele que gosta de tapar o sol com a peneira. Se o seu esta garantido o dele ainda não, então abriremos os olhos e usaremos óculos escuro apenas em casos extremos, certo?